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Prefeito Romualdo Costa em audiência pública |
Assim que tomou posse, o atual prefeito da cidade Romualdo Costa, se viu em um mundo de dívidas e teve até que devolver mobiliário das escolas por não ter como pagar
Uma conta que totaliza quase meio milhão de reais em dívidas foi o que o ex-prefeito do município de Coronel João Sá deixou. Somente as contas da Embasa, Vivo, Coelba, Carro-pipa, limpeza de aguadas e um ônibus totalizam R$ 467.906,17. O problema é que, além das verbas do FNDE que pagariam parte das despesas terem sido desviadas, a verba do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) está suspensa porque não foram recolhidos os encargos sociais do INSS de outubro a dezembro de 2012, incluindo 13º salários. Sem estas verbas, o município conta apenas com a contribuição dos impostos locais.
Em audiência pública o atual prefeito Romualdo Costa apresentou documentos que comprovam as dívidas e até mesmo o distrato do contrato do mobiliário escolar. Além destas dívidas citadas os funcionários estavam com salários atrasados há dois meses e meio; as aulas na rede pública de ensino só tiveram início no dia 18 de março porque não havia verba para a compra da merenda escolar e material de limpeza; professores e diretores só foram pagos porque houve verba do FUNDEB.
VERBA DO FNDE PARA ESCOLAS
A Prefeitura de Coronel João Sá, recebeu por meio do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), mais de um milhão de reais para compra de mobiliário escolar, três ônibus e computadores interativos. Entretanto, apenas um ônibus foi entregue e ainda não foi pago (valor de R$ 226.840,00), o mobiliário foi devolvido pois não havia como pagar e os computadores não foram comprados. Desse montante de mais um milhão de reais, apenas os aparelhos de ar condicionado foram pagos, no valor de R$ 60.480,00.
De acordo com representação feita no Ministério Público Federal de Paulo Afonso, o atual prefeito Romualdo Costa denuncia as ações do ex-gestor, uma vez que a verba do FNDE foi, comprovadamente, desviada para outras contas, totalizando mais de um milhão e trezentos mil reais. Dessa forma, presume-se que o valor que seria utilizado no investimento da educação foi desviado para uma campanha eleitoral. E, por causa destas atitudes, as escolas estão sem novo mobiliário, não há transporte para locomoção das crianças das zonas rurais à escola e muito menos verba para pagar o único ônibus que foi entregue.
O MPF está à frente da situação e, enquanto isso, a Prefeitura busca alternativas para conseguir quitar os débitos e garantir os investimentos que seriam feitos para a promoção da educação na cidade.
SEDES
Outra grande dívida na Prefeitura é com a SEDES (Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza) que, pela Coordenação de Defesa Civil, fez convênio com a Prefeitura para limpeza de aguadas de uso público e abastecimento emergencial de água/carro pipa. Entretanto, os serviços não foram pagos desde junho de 2012, totalizando uma dívida de R$ 74.100,00. Caso a dívida não seja quitada o mais breve possível, o município ficará inscrito como inadimplente no Sistema de Informações Gerenciais de Convênios e Contratos (SICON) e encaminhamento do processo para instauração de Tomada de Contas Especial.
COELBA
O serviço de fornecimento de energia elétrica corre risco de ser suspenso. Isso porque há um acumulado de contas não pagas que totalizam quase cem mil reais (R$ 95.406,86) e que já venceram em janeiro deste ano. Se houver a suspensão do fornecimento de energia elétrica, instalações importantes ficarão no escuro e sem funcionamento de equipamentos eletrônicos como computadores e equipamentos hospitalares, ar condicionado, iluminação entre outros.
EMBASA
As contas da Embasa estão vencidas há quase um ano. Desde maio de 2012 que não são pagas, totalizando uma dívida de mais de 44 mil reais. Este é apenas um dos valores que devem ser pagos, a fim de evitar a suspensão do fornecimento de água nas instalações que pertencem à Prefeitura, como escolas, creches e centros de saúde.
Esta atitude não pode se repetir, uma vez que se trata de um serviço essencial para a população, para o pleno atendimento das instituições. Como pode um centro de saúde ficar sem abastecimento de água por falta de pagamento das contas, uma vez que havia verba para isso?
TELEFONIA (VIVO)
Outra grande dívida são as contas de telefone, vencidas desde julho de 2012 e que totalizam R$ 27.253,18. O acúmulo das dívidas também pode provocar a suspensão do serviço, dificultando até mesmo a comunicação entre município e Governo Estadual.
De acordo com Romualdo Costa a situação é dificílima e pede a compreensão dos habitantes de Coronel João Sá pois está tentando recuperar o tempo perdido e buscar as soluções mais viáveis e emergenciais para esta situação. Este quadro é apenas um dos muitos casos vistos em municípios do Brasil, uma vez que pessoas sem ética e responsabilidade assumem cargos e desviam as verbas que deveriam ser utilizadas para o bem estar da população e desenvolvimento da cidade.
ASCOM Prefeitura de Coronel João Sá